Apesar de toda degradação, ainda temos uma rica diversidade na fauna do alto-Itabapoana

Em primeira mão, o Blog do Frederico torna público o mais abrangente e recente estudo sobre as espécies silvestres que habitam o PNM Sabiá Laranjeira de Rosal e seu entorno



Para aqueles que imaginam não mais existir vida animal em nossas micro-reservas de Mata Atlântica, esta reportagem servirá de alento e alerta, para que todos tenham ciência do quanto ainda temos a preservar, e não somente recuperar...

...ainda temos uma rica diversidade de vida silvestre em nossa fauna, conforme relata o estudo realizado por quase dois anos pela empresa Brandt Meio Ambiente, por encomenda da CEMIG na época da transição da unidade de conservação que resultou na cessão definitiva ao município em agosto de 2014...

...com o trabalho de monitoramento e pesquisa de campo iniciando em outubro do mesmo ano, e tendo sua conclusão em julho de 2016, onde foram instaladas quinze armadilhas fotográficas em três áreas no entorno da barragem da UHE de Rosal, além da utilização de outras técnicas de monitoramento.



Os locais escolhidos para o trabalho foram o PNM Sabiá Laranjeira de Rosal, na época denominado como Parque Ecológico Antônio Araújo Leite, o PNM Padre Ênio Fazolo na região do Cemitério dos Escravos, pertencente a Guaçuí-ES e que fica praticamente na altura do Sabiá Laranjeira de Rosal na margem capixaba do Itabapoana...

...e no Assentamento Florestam Fernandes, localizado um pouco abaixo da barragem da UHE de Rosal e também em posição limítrofe com o PNM Sabiá Laranjeira de Rosal na zona rural de São José do Calçado...

...com o relatório apontando a maioria absoluta dos registros e ocorrências nas duas unidades de conservação, que se localizam acima da barragem e que contam com maior área preservada de Mata Atlântica, com a margem fluminense concentrando a maioria dos registros dos mamíferos terrestres e aéreos, canídios e felinos de pequeno, médio e grande porte...

...com a margem capixaba concentrando a maioria dos registros de répteis e primatas, com as aves sendo registradas em abundância em todas as áreas monitoradas pela empreitada, que contou com oito biólogos como responsáveis técnicos, tanto dos trabalhos durante a pesquisa como na elaboração do relatório final.



O estudo aponta a existência de animais de grande porte como a onça parda, o gato mourisco e o lobo guará, esse atípico no bioma Mata Atlântica, com sua origem sendo do Cerrado, mas devido a uma série de fatores ambientais, essa espécie de canídio tem marcado presença em nossa região...

...além de espécies consideradas extintas no estado do ES, como o tamanduá bandeira, que foi identificado na margem capixaba do monitoramento, salientando ainda que muitas dessas quarenta e seis espécies identificadas e registradas no estudo, são recorrentes em outras áreas rurais de BJI, inclusive na região de nossa planície...

...servindo este documento de instrumento de conscientização ambiental para combatermos a caça predatória ainda muito praticada em nossa região, além do mesmo ser uma fonte valiosa para as escolas de Bom Jesus do Itabapoana incrementarem as aulas de biologia com esse relatório detalhando nossa fauna local.



O relatório com suas 406 páginas contendo um vasto leque informativo sobre não só as espécies detectadas, mas como também o panorama ambiental da área monitorada, você pode acessa-lo na íntegra e baixa-lo, bastando clicar aqui...

...e na sequência, temos as imagens extraídas do relatório sobre a identificação de algumas espécies, dentre as muitas registradas na pesquisa realizada entre outubro de 2014 e julho de 2016, e que teve seu relatório conclusivo publicado em janeiro de 2017.

Jaguatirica fotografada em estudo anterior, realizado em 2011 e que está anexado ao estudo atualizado entre 2014 e 2016

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