Quais são os
limites éticos de buscar audiência no sensacionalismo sobre o sofrimento
alheio?
Cobrir o
noticiário policial em que se noticia prisões ou mortes de qualquer natureza,
requer uma série de cuidados para evitar reflexos em terceiros, no caso os
familiares dos personagens centrais dos fatos abordados...
...como nas
ocorrências de operações policiais que resultam em detenção de indivíduos pelos
mais variados crimes ou delitos...
...neste caso temos sempre que nos atentar que a exposição desnecessária de um detido reflete em sofrimento e indignação de seus familiares, que são pessoas que lutam no cotidiano para recuperar seus filhos desvirtuados.
...neste caso temos sempre que nos atentar que a exposição desnecessária de um detido reflete em sofrimento e indignação de seus familiares, que são pessoas que lutam no cotidiano para recuperar seus filhos desvirtuados.
Desabafo publicado no Facebook, sobre a reportagem do ABCapixaba que trouxe luz aos fatos |
Mais grave é quando a notícia da pauta policial não condiz com a veracidade dos fatos, na repercussão de ocorrências policiais sem ouvir as partes envolvidas quando mencionado o nome de alguém...
...ou na distorção dos fatos por conta de se repercutir uma notícia sem que se tenha apurado como se deve...
...como em
duas situações envolvendo o blog-da-notícia-com-precariedade-que-nela-padece,
em que o administrador da página mesmo sendo procurado pelas partes envolvidas,
direta ou indiretamente, para retirar ou retificar a publicação, ele se negou a reparar o erro.
Por mais
polêmicas que sejam as publicações que aqui repercuto, em nenhuma delas me
reporto a vida pessoal de absolutamente ninguém...
...evito cobrir a pauta policial justamente para não ter que acompanhar toda tramitação processual de todos os casos que ocorrem...
...evito cobrir a pauta policial justamente para não ter que acompanhar toda tramitação processual de todos os casos que ocorrem...
...para
assim não proporcionar o julgamento antecipado de ninguém, quanto mais em
abordar de forma especulativa e precipitada sobre a causa do falecimento de uma
pessoa sem pensar nas consequências que resultariam nos familiares e amigos.
Outra
polêmica envolvendo o blog-da-notícia-com-precariedade-que-nela-padece, se deu
no protesto de uma estudante do IFF-BJI...
...contra o fato do “jornalista” ter dado a manchete sobre a participação dos estudantes, do professor e do reitor, ter utilizado a imagem deles na capa da matéria...
...contra o fato do “jornalista” ter dado a manchete sobre a participação dos estudantes, do professor e do reitor, ter utilizado a imagem deles na capa da matéria...
...e no conteúdo ele publicou um texto da comunicação oficial da câmara de vereadores contendo toda pauta da sessão, para no fim termos uma abordagem rasa sobre
aquilo que foi protagonizado na manchete e na imagem de capa...
...se fosse
para abordar tudo que aconteceu na sessão ordinária, a manchete deveria ser
sobre a sessão e não somente sobre a participação dos alunos, professor e
reitor do IFF, e muito menos a imagem deveria ser deles, e sim de toda sala de
sessões.
Da forma
como foi produzida a matéria, ficou a impressão que rolou uma pegadinha para
turbinar a audiência sobre a sessão ordinária...
...explorando a participação dos representantes do IFF, pois se for para dar uma manchete pontuada, que o texto desta matéria seja exclusivamente sobre o que foi destacado no título...
...explorando a participação dos representantes do IFF, pois se for para dar uma manchete pontuada, que o texto desta matéria seja exclusivamente sobre o que foi destacado no título...
...tanto que
sobre essa mesma sessão ordinária, eu fiz três reportagens sobre temas que
considerei relevantes, como o requerimento do vereador Toninho do Bar, sobre o
projeto de lei da lei-seca-do-moralista-sem-moral e sobre a participação do
pessoal do IFF...
...cada qual
com sua abordagem exclusiva, obviamente que dá muito mais trabalho que somente
copiar e colar o texto de autoria alheia e jogar uma manchete que tenha apelo,
assim se faz jornalismo com seriedade e critério técnico, mesmo que eu não me
considere jornalista.
Exatamente Frederico. Quando tive o nome de um sobrinho especial cuja idade mental nao passa a de uma criança de cinco anos e teve seu nome completo e endereço expostos por blogs sensacionalistas inclusive da nossa cidade fiquei muito brava, umas vez que os fatos narrados nao condiziam com a verdade e eram muito graves as acusaçoes. Felizmente para esses blogueiros nao cabia a mim como tia tomar providencias. Mesmo assim fui ate um desses blogueiros e demonstrei toda minha indignaçao.expor a vida de outrem sem os cuidados devidos pode causar danos irreversiveis realmente.Nojo de gente que pra se dar bem precisa destruir a vida alheia.
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