País: O primeiro passo para suspender as eleições de 2018

Não que a situação do Rio de Janeiro não careça de tal medida, mas ela somente ocorreu por motivos “outrem” a segurança pública



Em passado recente, um pouco antes da implantação das naufragadas UPP’s de Cabral-Pezão, a cidade do Rio de Janeiro havia passado por uma onda de violência tão aguda como esta de fevereiro de 2018...

...assim como também tivemos momentos de onda de violência também aguda como esta mesmo depois da implantação das UPP’s, e jamais se cogitou sobre intervenção federal na segurança pública do estado...

...sempre houve cooperação entre a Força Nacional e as Forças Armadas em ações pontuais no Rio de Janeiro, mas com o governo estadual coordenando todas as ações.

Sobre a suspensão das eleições deste ano sob o argumento da manutenção da ordem pública, eu já havia abordado a respeito no início deste ano


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Governo federal fará intervenção na segurança do Rio

Enquanto a intervenção vigorar, não pode haver alteração na Constituição. Ou seja, nenhuma Proposta de Emenda Constitucional pode ser aprovada.
Andreza Matais, Tânia Monteiro e Vera Rosa
16 Fevereiro 2018 | 00h16
DIDA SAMPAIO/ESTADÃO
O presidente Michel Temer decidiu decretar intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro. O Exército irá assumir a segurança pública do Estado, com responsabilidade sobre as polícias, bombeiros e a área  de inteligência, inclusive com poder de prisão de seus membros. O interventor será o general Walter Braga Neto. Ele, na prática, vai substituir o governador do Rio na área de segurança pública.

A decisão, segundo apurou a Coluna, contou com o aval do governador do Rio, Fernando Pezão (MDB).

Pela Constituição, cabe ao presidente do Congresso, Eunício Oliveira (MDB-CE), convocar sessão para que as duas Casas Legislativas aprovem ou rejeitem a intervenção em dez dias. O decreto, que será assinado amanhã, tem validade imediata.

Enquanto a intervenção vigorar, não pode haver alteração na Constituição. Ou seja, nenhuma Proposta de Emenda Constitucional pode ser aprovada. É o caso da reforma da Previdência, que começa a ser discutida na próxima segunda pela Câmara.

A Coluna apurou que uma ideia é decretar a intervenção e suspender seus efeitos apenas por um dia para votação das mudanças nas regras da aposentadoria.

A decisão foi tomada em reunião tensa, que acabou neste momento entre o presidente Temer, ministros e representantes do Congresso, no Palácio da Alvorada.

Na mesma reunião, o presidente Temer bateu o martelo sobre a decisão de criar o Ministério da Segurança Pública. A proposta partiu do presidente do Senado.

A Coluna apurou que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), precisou ser convencido da decisão. Ele se queixou de que não foi convidado a participar de reuniões sobre a crise na segurança desde o início. Maia teria se irritado fortemente com o ministro da Justiça, Torquato Jardim. Maia foi inicialmente contra a intervenção no Rio, mas foi avisado de que ele seria responsabilizado publicamente pela crise na segurança do Estado e acabou cedendo.

O decreto com os termos da intervenção será publicado nas próximas horas. O texto foi preparado durante a reunião no Alvorada.

A intervenção é prevista no artigo 34 da Constituição, que diz: “A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para manter a integridade nacional…” Segundo o artigo 60, parágrafo primeiro, “a Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio”.

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