Bom Jesus do Norte | Adson Salim foi cassado por ser “muito amador” no meio político

Quando a cassação envolve um “político profissional”, José Manoel e Romeu Lopes se agarram na “soberania do voto”



Esses dois vereadores são os campeões da demagogia política, pois eles defenderam o mesmo argumento na votação da denúncia contra o prefeito no dia 05 de outubro de 2017, assim como na defesa de Charles Diniz no dia 16 de novembro do mesmo 2017, José Manoel ainda foi mais além ao utilizar o discurso “garantista” em uma terceira ocasião, em maio de 2015 na denúncia contra o ex-prefeito Ubaldo Martins.

Antes dos nobres vereadores se tornarem fervorosos defensores da soberania do voto popular, em 2012 eles atuaram como implacáveis punitivistas-fiscalizadores, chegando ao ponto de cassarem o então prefeito Adson Salim, e ainda tentar cassar o vice-prefeito Pedro chaves, na ocasião ocupando o cargo no lugar de Salim que foi afastado pelo judiciário em abril, que foi impedido de ser cassado pelo mesmo judiciário por não haver previsão regimental e constitucional de vereadores cassarem vice-prefeitos ou secretários de governo.

No caso de 2012, a sanha punitivista de José Manoel e Romeu Lopes era em cassar não só Adson Azevedo, que já estava fora da prefeitura, assim como também Pedro Chaves, que estava no comando do executivo e disputando a reeleição contra, que sem dúvidas tem muita relação com suas coligações eleitorais, pois ambos estavam apoiando Ubaldo Martins e tudo que eles queriam era cassar o mandato do concorrente da disputa majoritária.



O que se estabeleceu como regra histórica de julgamentos parlamentares no legislativo de Bom Jesus do Norte varia de acordo com o grau de profissionalismo do denunciando, e se no momento da denúncia transcorre alguma eleição, e a história recente oferta quatro denúncias entre 2012 e 2017 que são elucidativas.

Os vereadores Romeu Lopes e José Manoel Medeiros andam tão “garantistas”, venerando tanto a soberania do voto, que o prefeito pode esculhambar com o município, e também o legislativo, assim como um vereador que utilizar o mandato de maneira descaradamente pessoal, que eles estarão impunes por conta da escolha do eleitor, que agora passa a ter a única e exclusiva responsabilidade por todas as mazelas públicas patrocinadas pelos políticos.



A cassação de Adson Salim depois de cinco anos, e outras três denúncias contra prefeitos e vereador, se configura como um golpe legislativo visando a recondução ao poder de um grupo político que sempre monopolizou o poder e estava fora de cena, os recursos públicos desviados no carnaval de 2010 foram distribuídos entre o deputado autor da emenda, e descaradamente por três, dos oito vereadores que cassaram o prefeito por malversar os mesmos recursos federais.

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