Raphael Siqueira anuncia que a partir de 01/06 será oposição, e onde ele estava até 31/05?

Por mera “coincidência”, o “novo opositor” utilizou o mesmo discurso vazio dos conspiradores-subterrâneos, que alimentam diariamente o sonhado conflito político entre prefeito e vice-prefeito


O discurso pretensamente contundente do Raphael Siqueira serviu para duas constatações, a primeira é que ele até o momento estava completamente perdido com o cargo que ganhou dos eleitores, pois se ele se elegeu pela coligação do governo passado, se ele é filiado no PMDB-da-turma-da-Lava-Jato (na acepção de Davi Loureiro), que são adversários de morte do ex-governador Garotinho do PR de Roberto Tatu, seria mais do que coerente que o jovem-do-Ralph iniciasse seu mandato completamente opositor, era isso que se esperava dele por parte dos eleitores do Savim-São-João que votaram nele, mas ele somente entendeu qual deve ser seu papel depois de cinco meses de exercício do mandato.

Outra constatação simples que desmonta o discurso-falacioso de que o Raphael-que-insiste-em-ser-do-Ralph é um vereador independente está no emprego do próprio pai, pois se ele decidisse embarcar na base aliada de Roberto Tatu sem dúvidas que o Pixuleco-do-Demut-perderia-a-bocada-no-Detran, tanto que o jovem vereador jamais se voltará contra a quadrilha de ladrões do PMDB do Rio de Janeiro que saquearam o estado refletindo drasticamente em nossa economia, ele fecha os olhos para os ladrões-parceiros-da-madrinha-Branca Motta, tudo em nome do emprego do pai.

Depois de ter “anunciado” que a partir de 1º de junho será oposição, o Raphael-do-Ralph embarcou no discurso dos conspiradores-que-não-ganharam-cargos-que-se-aliaram-com-os-que-perderam-as-eleições, na surrada e infrutífera polêmica envolvendo as relações entre o prefeito e o vice-prefeito, demonstrando sua total mediocridade parlamentar em abordar um tema completamente extra-regimental e sem nenhuma conotação institucional.



O vereador-demagogia deve entender que um vice-prefeito não tem função alguma em um governo, salvo em situações em que o prefeito se ausentar por mais de quinze dias, se for deposto do cargo ou se falecer, fora isso, o vice-prefeito somente tem participação governamental se o prefeito abrir este precedente, como está fazendo Roberto Tatu com Serginho Cyrillo que está atuante em diversos projetos do governo, e com total liberdade de articulação com a máquina pública, eu mesmo sou testemunha de diversos eventos públicos com a participação do vice.

A ex-prefeita Branca Motta teve dois vices em seus dois mandatos, no primeiro ficou evidente que a retidão e o caráter do primeiro-vice não se enquadraria nas “diretrizes” do casal improbidade, com ele rompendo nas primeiras semanas de governo em janeiro de 2009, não me lembro de ninguém protestando na tribuna contra este fato, já o segundo-vice se entendeu muito bem com a ex-prefeita, bastando recordarmos a esculhambação promovida pelo segundo-vice na secretaria de saúde retaliando servidores, promovendo demissões sumárias e promovendo um rombo no fundo municipal de saúde na máfia dos medicamentos judiciais.

O que considero patético e oportunista é ver que as mesmas pessoas que idolatram Carlos Garcia, que se esbaldaram de usar seu nome nas eleições de 2016, agora quer cobrar do prefeito que entregue a prefeitura para o vice, sendo que uma das mais notáveis características de Garcia foi justamente despachar todos seus vices para casa logo assim que assumia a prefeitura, foi assim com os quatro vices dele, inclusive com o próprio pai do atual vice, e ninguém conspirava contra ele por conta do vice.


O que se espera de um vereador de oposição, é que este tenha uma postura produtiva, regimental e de inquestionável interesse público, sobretudo que tenha conteúdo para elencar debates substanciosos, ficar na base do “me disseram” ou alimentar a fornalha dos conspiradores que esta história de vice, somente joga o Raphael-do-Ralph na latrina da mediocridade onde chafurda o próprio pai e muitos outros vereadores sem conteúdo que tivemos em nossa história recente

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