Por mera “coincidência”, o “novo opositor” utilizou o
mesmo discurso vazio dos conspiradores-subterrâneos, que alimentam diariamente
o sonhado conflito político entre prefeito e vice-prefeito
O discurso pretensamente contundente do Raphael Siqueira
serviu para duas constatações, a primeira é que ele até o momento estava
completamente perdido com o cargo que ganhou dos eleitores, pois se ele se
elegeu pela coligação do governo passado, se ele é filiado no
PMDB-da-turma-da-Lava-Jato (na acepção de Davi Loureiro), que são adversários
de morte do ex-governador Garotinho do PR de Roberto Tatu, seria mais do que
coerente que o jovem-do-Ralph iniciasse seu mandato completamente opositor, era
isso que se esperava dele por parte dos eleitores do Savim-São-João que votaram
nele, mas ele somente entendeu qual deve ser seu papel depois de cinco meses de
exercício do mandato.
Outra constatação simples que desmonta o
discurso-falacioso de que o Raphael-que-insiste-em-ser-do-Ralph é um vereador
independente está no emprego do próprio pai, pois se ele decidisse embarcar na
base aliada de Roberto Tatu sem dúvidas que o
Pixuleco-do-Demut-perderia-a-bocada-no-Detran, tanto que o jovem vereador
jamais se voltará contra a quadrilha de ladrões do PMDB do Rio de Janeiro que
saquearam o estado refletindo drasticamente em nossa economia, ele fecha os olhos
para os ladrões-parceiros-da-madrinha-Branca Motta, tudo em nome do emprego do
pai.
Depois de ter “anunciado” que a partir de 1º de junho será
oposição, o Raphael-do-Ralph embarcou no discurso dos conspiradores-que-não-ganharam-cargos-que-se-aliaram-com-os-que-perderam-as-eleições,
na surrada e infrutífera polêmica envolvendo as relações entre o prefeito e o
vice-prefeito, demonstrando sua total mediocridade parlamentar em abordar um
tema completamente extra-regimental e sem nenhuma conotação institucional.
O vereador-demagogia deve entender que um vice-prefeito
não tem função alguma em um governo, salvo em situações em que o prefeito se
ausentar por mais de quinze dias, se for deposto do cargo ou se falecer, fora
isso, o vice-prefeito somente tem participação governamental se o prefeito
abrir este precedente, como está fazendo Roberto Tatu com Serginho Cyrillo que
está atuante em diversos projetos do governo, e com total liberdade de
articulação com a máquina pública, eu mesmo sou testemunha de diversos eventos
públicos com a participação do vice.
A ex-prefeita Branca Motta teve dois vices em seus dois
mandatos, no primeiro ficou evidente que a retidão e o caráter do primeiro-vice
não se enquadraria nas “diretrizes” do casal improbidade, com ele rompendo nas
primeiras semanas de governo em janeiro de 2009, não me lembro de ninguém
protestando na tribuna contra este fato, já o segundo-vice se entendeu muito
bem com a ex-prefeita, bastando recordarmos a esculhambação promovida pelo
segundo-vice na secretaria de saúde retaliando servidores, promovendo
demissões sumárias e promovendo um rombo no fundo municipal de saúde na máfia
dos medicamentos judiciais.
O que considero patético e oportunista é ver que as
mesmas pessoas que idolatram Carlos Garcia, que se esbaldaram de usar seu nome
nas eleições de 2016, agora quer cobrar do prefeito que entregue a prefeitura
para o vice, sendo que uma das mais notáveis características de Garcia foi
justamente despachar todos seus vices para casa logo assim que assumia a prefeitura,
foi assim com os quatro vices dele, inclusive com o próprio pai do atual vice,
e ninguém conspirava contra ele por conta do vice.
O que se espera de um vereador de oposição, é que este
tenha uma postura produtiva, regimental e de inquestionável interesse público,
sobretudo que tenha conteúdo para elencar debates substanciosos, ficar na base
do “me disseram” ou alimentar a fornalha dos conspiradores que esta história de
vice, somente joga o Raphael-do-Ralph na latrina da mediocridade onde chafurda
o próprio pai e muitos outros vereadores sem conteúdo que tivemos em nossa
história recente
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