Professor Wanderley Guilherme dos Santos levanta uma tese
com extrema sagacidade, somente os que vislumbram o cenário fora da redoma de
sua rede social, serão capazes de entender este artigo
Dentro da restrição que sua rede social conservadora e reacionária lhe impõe, você ainda consegue julgar o ex-presidente petista como um grande chefe de quadrilha, mesmo com o Joesley afirmando na capa da revista-global que o chefe mesmo é o Temer, e que a quadrilha dele é a mais perigosa do Brasil, ficando a afirmativa do dono da Friboi mais do que concretizada quando constatamos que a operação Lava Jato só pegou pra valer os petistas, que desde quando foram presos não mais permaneceram no controle de suas atividades ilícitas, já Eduardo Cunha mesmo estando preso permaneceu recebendo propinas e nomeando ministros.
Abaixo segue o artigo que capturei no excelente blog
Conversa Afiada, do JORNALISTA Paulo Henrique Amorim
Seria bom que a esquerda oficial se curasse da
atração pela direita, a que se entrega “por um corte de cetim”.
Basta um aceno de ocasião do carona FHC para
sonharem com o conto de vigário de um acordo entre ele e Lula.
Personagem da mais espetacular e duradoura
perseguição política por parte do Executivo, do Legislativo e do Judiciário,
Lula vai se transformando na mais desesperada alternativa dos conservadores
para ultrapassar o lodaçal em que estão atolados.
Por mais que tentem, ainda não conseguiram
demonstrar que Lula faz parte dessa lama e, justo por isso, os perseguidores
contribuem mais do que ninguém para a consolidação da imagem de Lula.
Muito mais do que praticamente imbatível candidato
à Presidência da República, em eleições normais, a Lava Jato e as Organizações
Globo estão demonstrando ser Lula um dos raros homens públicos com biografia
decente.
Com faro oportuno, é à sua sombra que FHC tentará
se abrigar, fugindo da liquidação moral do PSDB.
FHC e o Banco Itau precisam de Lula, o que tem
cacife eleitoral e moral, e que pode dispensar tanto FHC quanto o
Itau.
Só os estrategistas da esquerda oficial não
percebem isso.
A Lula restará decidir se se imola a uma coalizão à
direita, em nome da restauração, ou se assume a oportunidade de circunstancial
falência da direita (que ela tem conseguido disfarçar) e dá um passo à frente:
sem eleição e plebiscito, não há o que conversar.
O FHC talvez até tope.
Wanderley Guilherme dos Santos
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