A reação popular de uma publicação na rede social do
secretário Vinícius Borges, demonstra a dimensão do descaso urbano vivido em
Bom Jesus do Itabapoana na última década
Se eu fosse um jornalista que cobrisse o cotidiano
administrativo do setor público da pequena Apiacá-ES, eu jamais publicaria o
fato da prefeitura ter adquirido lixeiras para manter a cidade limpa, e
oferecer contrapartidas para cobrar do cidadão que não jogue lixo nas ruas, e
sim em lixeiras, pois em Apiacá sempre observei o quanto limpa é, ou era entre
2012 e 2016, e com tantas lixeiras em todas as vias públicas, cheguei até a
registrar em vídeo como era exemplar a limpeza urbana de lá.
Mas como Bom Jesus do Itabapoana ficou quase dez anos sem
comprar lixeiras para as ruas, o fato do secretário ter anunciado a chegada de
CENTO E SETENTA lixeiras, repercutiu de tal maneira que gerou 298 curtidas e
mais de quarenta compartilhamentos, indiscutível que tratava-se de um
gigantesco anseio popular bom-jesuense.
Importante salientar que a última vez que chegaram
lixeiras em Bom Jesus do Itabapoana, foram em 2012 no projeto desenvolvido pela
Emater-Faperj junto com os feirantes, que culminou com a revitalização da feira
livre, onde foram fornecidas quase ou mais de vinte lixeiras, sendo que a maioria
desapareceu pelo desvio de finalidade, onde até na festa da Barra do
Pirapetinga essas foram utilizadas.
Destaca-se também que essas cento e setenta lixeiras
foram doadas por duas empresas, uma de Bom Jesus do Itabapoana e outra do Rio
de Janeiro, onde será oficializada o termo de doação com a identificação das
respectivas empresas, a de BJI doou 70 latões e a da capital do estado 100
latões, com a prefeitura tendo como despesa somente com a tinta e os adesivos.
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