Rio Itabapoana corta DEZOITO municípios, mas somente Bom Jesus do Itabapoana depende dele, e é o que mais depreda
Apesar de ter seu trajeto passando por quase vinte
municípios, apenas um depende do rio Itabapoana, em apenas um município o rio
corta o perímetro urbano, apenas um município capta a água do rio para
abastecer seus moradores, somente um município despeja esgoto sem tratamento
diretamente no rio, somente os moradores de um município jogam lixo no rio e este município é o que mais assoreia o leito do rio devido
aos anos de negligência do poder público com o crescimento desordenado da
cidade.
Trata-se de uma questão de interesse e principalmente
responsabilidade pela depredação local do rio, podem analisar a água do rio
entre Rosal e Calheiros que o nível de poluentes é extremamente menor do que no
perímetro urbano de Bom Jesus do Itabapoana, os demais dezessete municípios que
são banhados pelo Itabapoana não dependem dele, e muito menos poluem ele
diretamente como em nosso caso.
Os prefeitos dos demais dezessete municípios banhados
pelo rio Itabapoana não têm interesse em dedicar tempo e recursos financeiros
para recuperação do rio em um hipotético consórcio, eles priorizam
investimentos nos afluentes do rio que abastecem suas cidades, Bom Jesus do
Norte por exemplo não depende do rio para seu abastecimento, e mesmo assim 70%
das residências têm esgoto tratado, com a obra para conclusão de 100% de
tratamento de esgoto em andamento.
Chega ser constrangedor vermos que nossa vizinha BJN já
se preocupou em tratar 70% de seu esgoto desde 2002, mesmo não tendo a água que
abastece suas residências captadas no rio, e o primeiro passo do lado
fluminense da ponte foi um dos maiores escândalos de corrupção de nossa
história, da roubalheira da Deiferson no bairro Lia Márcia.
Somente poderemos articular qualquer possibilidade de
consórcio intermunicipal para recuperação da bacia do Itabapoana, se antes o
poder público de Bom Jesus do Itabapoana resolver todos os problemas que são
criados exclusivamente por nós, como o esgoto sem tratamento e o caos urbano
que despeja toneladas de lama no leito do rio rotineiramente.
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