Chefe da Divisão de Enfermagem da Secretaria Municipal de
Saúde participou do programa Jornal do Vale, na Rádio Bom Jesus AM, para
prestar esclarecimentos sobre os casos de febre maculosa no bairro Lia Márcia,
para novamente não justificar a ineficiência do serviço comunitário de saúde
Nesta publicação temos parte da participação da chefe da
divisão de enfermagem, consegui gravar aproximadamente 15 minutos da entrevista,
mas pelo que consegui registrar foi o suficiente para atestar que tanto o poder
executivo como os radialistas da parcial-Rádio-Bom Jesus pretenderam deixar a
entender que o governo fez sua parte, e que temos capivaras em nosso perímetro
urbano.
Nesses quinze minutos que consegui gravar temos a
enfermeira-Cláudia alertando sobre as responsabilidades dos cidadãos com suas
residências e que o serviço da secretaria de saúde não é ineficiente, além dos
demais participantes da entrevista dissecarem sobre capivaras, com um afirmando
que em Barra Mansa as capivaras “desfilam” tranquilamente pelas ruas, e com
outro alertando que uma capivara pode mergulhar até 50 metros de profundidade,
ambos lamentaram a impossibilidade de se abater capivaras devido a legislação
ambiental, ou seja, o contexto da entrevista jogou a responsabilidade da
contaminação exclusivamente nas vítimas e nas capivaras.
Uma moradora do bairro Lia Márcia, que reside lá a mais
de quarenta anos, afirmou categoricamente em minha página no Facebook que nunca
houve aparições de capivaras no citado bairro, e de fato por mais boa vontade
que posso ofertar ao governo, no máximo uma capivara transita pelo perímetro
urbano migrando de uma região rural para outra pelo rio, mas jamais elas se
hospedarão nas margens do rio Itabapoana no perímetro urbano pela falta de
vegetação ciliar, com a devastação ambiental que vivemos somente avistaremos uma
capivara na zona rural e em regiões com reservas florestais, nunca dentro do
perímetro urbano.
Além das falácias acima elencadas que observei na entrevista, também foi confirmada pela chefe da divisão de enfermagem que uma equipe técnica da Fundação Osvaldo Cruz estará em Bom Jesus do Itabapoana para uma atividade relacionada aos casos de febre maculosa no bairro Lia Márcia.
Como não ouvi a entrevista na íntegra, deixo as seguintes
perguntas a quem do governo se interessar em responder:
>No programa foi abordado acerca da existência de
estábulos para equinos em alguns pontos do bairro Lia Márcia?
>No programa se abordou sobre os terrenos baldios
utilizados como pastagens em diversos bairros da cidade, e que os terrenos
baldios com equinos e os estábulos urbanos são proibidos por lei?
>O serviço comunitário de saúde relata com informações
detalhadas sobre cada visita realizada nas residências, e com a assinatura dos
proprietários visitados?
>Qual foi a última vez que o serviço comunitário de saúde
visitou a residência das vítimas da febre maculosa no bairro Lia Márcia?
>A secretaria de saúde poderia se pronunciar acerca do uso
de muitas agentes comunitárias de saúde para atividades de campanha eleitoral,
em horário de expediente nos meses de agosto e setembro de 2016?
>A Fiocruz visitará Bom Jesus do Itabapoana por estar
ALARMADA com dois raríssimos casos de febre maculosa em perímetro urbano?
>O pessoal da secretaria de saúde que acompanharão os
técnicos da Fundação Osvaldo Cruz, mostrarão a eles os muitos criadouros de
equinos que temos em nosso perímetro urbano ou vocês irão procurar por capivaras?
O governo e a rádio-chapa-da-Branca tentou de maneira
explícita minimizar um fato extremamente grave e praticamente sem precedentes,
os casos de febre maculosa tem como características entre os contaminados os
pescadores, caçadores e trabalhadores rurais que atuam próximo as margens de
rios com reservas florestais mais intensas, em todos os casos os contaminados
foram até o habitat da capivara, e não dentro de casa e em perímetro urbano.
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