O grande ralo do erário nas estações do SAAE – Parte 2

As graves irregularidades abordadas nesta publicação não são exclusivas da ETA-SAAE de Rosal, elas ocorrem em quase todas as demais estações




Na matéria anterior sobre este tema fiz uma abordagem sobre sérios problemas que comprometem a qualidade da água (Clique aqui e leia como está a água de Rosal), e dando continuidade ao relatório de inspeção do blogueiro, agora vamos entender os três escândalos que ocorrem em quase todas as estações do município.

- Os pilares inúteis do “Pêcê”

Esta fotografia é um clássico exemplo de como se joga dinheiro público pelo ralo neste governo, o desconhecimento de causa de quem dá muitas ordens no SAAE resulta neste monstrengo inútil de concreto que está ostentando a gestão perdulária.

Em 2012 a comunidade rosalense do Cantinho do Céu vivia com problemas constantes de abastecimento, a água raramente chegava com regularidade nas casas, e o problema foi alvo de discussões entre o chefe-Pêcê e alguns operadores.

O chefe-Pêcê “raciocinou” que bastava posicionar um reservatório em cima desses pilares que ele chegaria ao nível necessário para levar a água por gravidade até o Cantinho do Céu, isso sem fazer nenhuma medição topográfica para tal constatação.

Já os operadores apresentaram uma solução muito mais simples e prática, que seria mudar a tubulação que abastece a citada localidade rosalense, proporcionando uma redução na conexão para aumentar a pressão da água.

Como o chefe-Pêcê e os operadores do SAAE não chegaram ao consenso, cada qual partiu para pôr em prática as suas sugestões, e antes que o chefe-Pêcê concluísse sua tese em concreto armado, os operadores resolveram o problema pela troca de tubulação na redução da conexão, e os pilares ficaram onde estão até hoje.

Cabe registrar que foram torrados quase SETENTA sacos de cimento, fora as ferragens e a mão de obra, uma evidente situação de dinheiro público jogado fora.

- O descarte de material de filtragem

Chamou a atenção o fato de que quase toda área no entorno da estação de tratamento, foi a quantidade de material de filtragem espalhados e encobrindo o chão, podendo todos observar que temos brita de filtro, areia de filtro e carvão mineral em abundância.

Esses materiais poderiam ser reutilizados, em vez de descartados, a informação obtida é que eles poderiam durar por muito tempo, e a direção do SAAE sempre descarta os mesmos, talvez para abrir mais oportunidades de compras obscuras.

Este fato grave já havia sido me relatado em outra estação, da Nova Bom Jesus, além de eu mesmo ter testemunhado na estação de Calheiros em 2013, o que configura como uma rotina perdulária e muito mal intencionada.

- O uso de brita de obra no filtro

Este escândalo também já foi alvo de abordagem na ETA da Nova Bom Jesus, e em Rosal eu tive a oportunidade de flagrar o que restou da brita de obra, sendo utilizada como brita de filtro, que são completamente diferentes para tal finalidade.

Ainda há de se apurar se o governo comprou esta brita de obra utilizada no filtro, pagando como se fosse a brita de filtro específica, que tem valor muito mais elevado, além de garantir a completa filtragem da água tratada, diferente da brita de obra que não a menor eficácia para a filtragem no tratamento.

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