Mentira, hipocrisia e indiferença

Era uma vez em uma cidade vizinha a nossa...

Como todos sabem, a Parmalat é uma empresa multinacional e com fins lucrativos, e em Itaperuna havia uma das nove unidades industriais desta multinacional no Brasil. No final de 2002 esta empresa entrou em colapso financeiro, e das nove unidades industriais que haviam no Brasil, oito fecharam.

E sabe qual a única que não fechou? A de Itaperuna, nossa cidade vizinha deu uma demonstração clássica de como homens públicos com espírito público devem agir diante a uma crise que resulta em consequências coletivas e sociais.


E a ação do poder público evitou um colapso financeiro e social sem precedentes que estava prestes a acontecer na região noroeste fluminense com o possível fechamento da unidade de Itaperuna, e a intervenção deteve a participação do poder executivo, legislativo e o judiciário, com o apoio fundamental da governadora Rosângela Matheus garantindo a aquisição de toda a produção de leito em pó da fabrica já sob intervenção. Tal iniciativa garantiu o pagamento aos fornecedores que estava em atraso, e garantiu mais de quarenta mil empregos na zona rural em toda região.

Mas isso aconteceu em uma cidade que na ocasião contava com um poder público de fato, aqui temos o descarado uso político da crise do hospital, aqui temos o “phoder” público e social.


E como já foi noticiado aqui no blog, os servidores do Hospital São Vicente de Paulo promoverão uma paralisação por tempo indeterminado em virtude dos seis meses de salários que estes aguardam desde 2012. Segundo informações extraoficiais, a atual gestão do hospital deve metade dos salários do mês de agosto e a metade do mês de setembro, em números finais, a atual gestão deve um mês de salário.


Com isso contata-se que esta paralisação é mais do que justa por parte dos servidores que nos deram mostras do mais alto grau de comprometimento, mas tudo tem limites, e esta paralisação tem que ser resolvida pela prefeita, pois ela na reta final da campanha eleitoral de 2012, e com o aval do governador Cabral se comprometeu publicamente em quitar os cinco meses de atraso que estavam os servidores na época. Abaixo temos quatro vídeos que retratam de maneira direta o título desta matéria.

A MENTIRA

Faltando quatro dias para as eleições de 2012 tivemos a visita do governador Cabral em BJI, e em plena praça pública, ela bradando contra quem levou o hospital para um “buracu”, o governador deu uma cochichada no ouvido da prefeita e ela, soltou o verbo de que o governador acabara de garantir o pagamento dos cinco meses de salários atrasados dos servidores do hospital.


A HIPOCRISIA

O momento de pura hipocrisia da prefeita com a crise do hospital, foi “café do engodo”, em que faltando três dias para a eleição ela promoveu um variadíssimo café da manhã nas dependências do hospital com quase todos os servidores, e a direção do mesmo, além da claque governista presente. E ela RATIFICOU a promessa feita no dia anterior, e no maior cinismo disse que não estava ali para pedir voto a ninguém, apenas para reafirmar que havia prometido no dia anterior.


A INDIFERENÇA

A indiferença da prefeita com a crise do hospital ficou evidente na posse do atual secretário de saúde, no final de julho de 2013, em que em seu pronunciamento ela foi extremamente sincera nas alegações políticas na nomeação em questão, e se mostrou totalmente indiferente com o hospital sem citar sobre ele em momento algum em seu discurso hipnótico.





A prefeita até o presente momento está mantendo um irresponsável estelionato eleitoral com essas promessas não cumpridas, e com o silêncio covarde de ver o único hospital do município entrar em uma total paralisação, inclusive os serviços que são de obrigação única e exclusiva da municipalidade.

Comentários