Antes de iniciarem a leitura desse artigo, gostaria que os
leitores lessem a matéria contida no link abaixo dessa imagem
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Como vocês puderam observar
nessa matéria da Agência Brasil, é que a unidade da Parmalat de Itaperuna já
estava retomando a normalidade de suas atividades, importante destacar que essa
matéria é do dia 18 de fevereiro de 2004. Então farei um pequeno resumo do que
aconteceu até a Agencia Brasil publicar essa notícia; no mês de dezembro de
2003 a matriz mundial da Parmalat decretou sua falência por conta de uma série
de escândalos contábeis, fechando em cascata oito das nove unidades que tinham
dessa multinacional estrangeira com fins lucrativos aqui no Brasil. E foi
justamente a unidade de Itaperuna a única que se manteve em pé, quase fechou é
fato, mas aí veio o PODER PÚBLICO MUNICIPAL que de imediato formou uma força
tarefa com representantes do executivo, do legislativo e do judiciário.
Logo assim que estourou a
crise mundial da multinacional em questão, o prefeito de Itaperuna, o senhor
Péricles Olivier de Paula junto com o presidente da câmara dos vereadores, (o
qual não me recordo o nome) procuram o juiz da comarca de Itaperuna e logo no
início de janeiro de 2004 promoveram uma intervenção na unidade de Itaperuna,
retirando o controle acionário, administrativo e operacional desta unidade
passando a gestão da unidade de produção a cooperativa dos próprios funcionários
que fora criada para essa ocasião, que contou com o apoio da CAPIL contribuindo
na implantação da gestão cooperada em que esta já tinha o know roll dessa
atividade. Destaca-se na época a atuação do Senhor Moacir Seródio, o “Conchita”
então presidente da CAPIL e grande colaborador da recuperação da empresa De
inicio, ainda em janeiro de 2004, o governo do estado do Rio de Janeiro fez um adiantamento
financeiro que foi quitado pela empresa com a produção de leite em pó que fora
vendida ao estado para abastecer as instituições sociais com esse fim.
O motivo o qual conto essa história
é para justamente fazermos um parâmetro com o momento em vive nosso hospital,
hoje tivemos uma derrota por conta dos
senhores vereadores em aprovar o veto da prefeita no qual destinava-se
uma verba de R$ 600.000,00 para o orçamento de 2013. Mesmo com todo embasamento
explanado pelo procurador municipal em seu parecer pelo veto, este caiu em
contradição ao viabilizar os 30% do orçamento pedido pelo governo e aprovado junto com o veto do orçamento na câmara, em que permite o governo remanejar como
bem entender tais recursos, esses 30% do orçamento representa a bagatela de R$ 21.000.000,00. Então fica o
questionamento desse projeto aprovado hoje, se não pode repassar R$ 600.000,00
ao nosso hospital, como teria então uma “sobra” de R$ 21.000.000,00 para a prefeita
usar como bem entender?
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Neste vídeo a então candidata à reeleição prometeu junto com o governador do estado que este quitaria novamente os salários atrasados dos servidores do hospital...
...e o que vimos hoje foi justamente o contrário, ao obter a aprovação de seu veto com a negativa de repasse de R$ 600.000,00 a prefeita se negou a quitar parte dos salários vencidos que certamente ajudaria e muito os nossos bravos servidores do São Vicente.
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Voltando à matéria sobre a
Parmalat de Itaperuna, essa história não deixa sombra de dúvidas no que
tange a responsabilidade do poder
público municipal em agir na recuperação total do hospital, é obrigação do poder público em garantir e manter o sistema público de saúde, e o hospital é a principal ferramenta de nosso sistema de saúde pública, essa conversa de que
a prefeita nada pode fazer em prol do hospital, por este ser privado e mantido
pelo Centro Popular Pró Melhoramentos cai por terra quando temos o exemplo de
Itaperuna intervindo em uma multinacional com fins lucrativos. Está evidente
que hoje o maior problema de nosso hospital está no fato deste ser mantido pelo
CPPM, os problemas de crédito e jurídicos estão nessa instituição que também
está aniquilando o nosso histórico e imprescindível Instituto de Menores. Enquanto
não tirar o hospital e o Instituto de Menores do controle do CPPM a crise não
terá fim. Nosso hospital é uma instituição que se tornou muito maior que o
Centro Popular Pró Melhoramentos, é inaceitável que nosso hospital agonize por
conta da irresponsabilidade de poucos. Que faça a necessária intervenção, e que
deixe os problemas jurídicos restritos ao CPPM e os responsáveis dos fatos.
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