Vivemos em
um tempo que se tornou imperioso priorizar o nosso comércio, com suas
variedades
As
barraquinhas ganharam espaço a partir das Festas de Agosto no final da década
de setenta, como atração na comercialização de produtos que não existiam em
nosso comércio, eram tempos difíceis em tudo, principalmente na logística do
mercado regional...
...por isso
as barraquinhas eram uma atração, por conta das novidades que elas traziam,
seja em mercadorias ou nas variadas modalidades de diversão...
...sem contar que era
um tempo em que havia em Bom Jesus do Itabapoana aproximadamente trinta por
centro da frota de veículos se comparada com a que temos atualmente.
Ao percorrer
pelas barraquinhas da Festa de Agosto 2019, que ainda estão ocupando as ruas
Francisco Teixeira e o início da Buarque de Nazareth, pode-se observar que
praticamente tudo que está à venda se encontra em nosso comércio, portanto,
temos há quinze dias dezenas de vendedores ambulantes de fora...
...e que
estão faturando com o dinheiro que deveria circular em nosso comércio em troca
de uma taxa de ocupação que se mostra ínfima, se comparado com a arrecadação de
impostos que as empresas formalizadas que vendem os mesmos produtos...
...sem
contar a existência de obscuridades na arrecadação pelo espaço alugado para essas
barraquinhas, não há um sistema transparente de controle, e nunca se sabe os
valores apurados com esses comerciantes.
Como se
fosse pouco os fatores acima elencados, ainda temos as agressões que o rio Itabapoana
sofre com essa população de ambulantes que se estabelecem por quinze dias ou
mais no calçadão da beira-rio, é revoltante a quantidade de lixo que se
descarta na margem do rio...
...conforme
podemos conferir nas imagens registradas na tarde de terça-feira (20/08), com
quase toda extensão da margem do rio tomada por sacolas e embalagens de
refeições, um indicador que não há nenhum planejamento por parte da secretaria
de obras para recolher esse lixo extra produzido pelos ambulantes...
...não há
lixeiras ou banheiros químicos para atender quase ou mais de uma centena de
visitantes que praticamente residem nas barracas...
...que por consequência gera uma
produção extra de lixo doméstico que está sendo descartado na margem do rio,
com a possibilidade de parte do que foi fotografado ser levado para o leito do rio
com a chuva que caiu na noite.
O que se
propõe aqui não é exterminar totalmente com essa “atração” da Festa de Agosto,
e sim regular sua participação de acordo com a realidade que vivemos, adotando
critérios que protejam nosso mercado interno, permitindo somente ambulantes que
vendem produtos que não tem em nosso comércio...
...e que
seja em quantidade bem menor de barracas e por um período de tempo que não
extrapole os dias de Festa de Agosto...
...além de se estruturar um aparato
operacional da secretaria de obras para fazer um serviço extra de limpeza,
disponibilizando latões de lixo em quantidade que atenda a demanda, para não
termos imagens lamentáveis como essa...
...e que não
tenhamos também os transtornos de trafegabilidade que essas barracas provocam,
como em uma ocorrência policial onde no meio dessas barraquinhas em uma
tentativa de homicídio com a vítima esfaqueada, sem dúvidas que o agressor
aproveitou a oportunidade de agir em um local de difícil acesso para uma
viatura de política.
Comentários
Postar um comentário