Prezados amigos politizados que se norteiam pelo
progressismo e pela esquerda, peço encarecidamente que leiam esse texto
premonitório do essencial Paulo Henrique Amorim, um gigante do JORNALISMO com
caixa alta como poucos...
...que em agosto de 2010, isso mesmo meus irmãos-camaradas
DOIS-MIL-E-DEZ PHA desenhou o golpe em seu blog, o Conversa Afiada, exatamente
como aconteceu em 2016.
Dentre as muitas constatações irrefutáveis que podemos
considerar com este artigo premonitório, é que a tal “ideologização esquerdista”
que Bol$onazi tanto propaga que o PT disseminou, jamais existiu mediante ao
ódio que a classe média que elevou de padrão de vida nutre contra o petismo...
...e que grande parte desse eleitorado já está sentindo na
pele o retrocesso que vive, e mesmo assim permanece odiando o PT, por puro
desinteresse do mesmo PT em politizar a sociedade que se beneficiou em seus
governos.
Como diz o meu cunhado, o Dany, com quem almocei no
excelente Alfaia, um português de Copacabana.
(O bolinho de bacalhau quica.)
O que mais impressiona o Dany é a absoluta despolitização do
Brasil.
Logo, a despolitização deste impressionante fenômeno de
mobilidade social.
A Classe Média é incapaz de perceber – observa o Dany - que
a ascensão só foi possível porque uma houve uma importante vitoria política: o
Lula tirou o oxigênio da neo-UDN, os tucanos de São Paulo, que se tornaram a locomotiva
do atraso ideológico.
Dany observa, com razão, que boa parte de despolitização se
deve ao papel destruidor da imprensa (aqui entrei eu, com o PiG (*), é claro),
que além de ser reacionária é inepta.
Na Europa, como se sabe, há excelentes jornais que conciliam
qualidade com conservadorismo.
Aqui, isso não aconteceu.
E se a classe média sobe sem saber por quê, o que acontece?
Me perguntei no avião de volta, ao deixar o Rio maravilhoso
para passar sob o Minhocão ...
O que acontece?
A classe média pode ir perfeitamente para o Berlusconi.
Aliás, a classe média é a massa com o Berlusconi faz a
pizza.
E, como diz o Mino Carta, a Dilma não é metalúrgica.
Essa camada proletária, sindical será removida com o tempo.
E a classe média não se lembrará de associar a TV digital ao
estádio da Vila Euclides.
(Seria exigir demais, não, amigo navegante?)
Ou seja, o carisma do Lula passará a ser by proxy.
E quando o Golpe vier?
Porque o Golpe contra presidentes trabalhistas sempre vem.
E quando o PiG (*) se associar a um Líder Máximo do Estado
da Direita, que pode vir do Judiciário?
Quem é que vai para a rua defender a Dilma?
A Classe Média?
O Globo, na página A10, em reportagem do sempre excelente
José Meirelles Passos, bate na trave.
Mas não chega lá – ainda.
Já, já a Classe Média dá uma rasteira no Lula e no PT.
Quem mandou tirar o povo da rua?
Tudo isso, se a Dilma não fizer nada.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais
conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única
rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram
num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista."
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