Está tudo muito claro, quer desmontar o SUS? Vote em Bol$onazi

O sistema de saúde pública em pequenas cidades já está colapsando, com a alta do desemprego e a PEC do teto dos gastos públicos


O Blog do Frederico reproduz um assombroso trecho da reportagem veiculada no “Estadão”, de quarta-feira 17 de outubro de 2018:

“Socorrido por um hospital credenciado ao SUS depois de ser ferido com uma faca em Juiz de Fora (MG), Bolsonaro em seu programa critica a qualidade do sistema. 

Afirma que a área deveria ser muito melhor, considerando o valor que o Brasil já gasta - equivalente, segundo ele, ao de países mais ricos. 

Ao mesmo tempo em que descarta mais investimentos, o capitão reformado prevê um sistema de contratação de médicos que, na avaliação de especialistas, provocaria uma profunda desordem no sistema.

A ideia é de que médicos interessados possam atender o SUS. “Isso é inviável. Já foi usado no passado e se mostrou ineficaz e caro”, afirma o presidente da Federação Médica Brasileira (FMB), Waldir Cardoso. Professor da Universidade de São Paulo, Mário Scheffer faz o mesmo diagnóstico.

“Seria um retrocesso. A retomada de um modelo propício para fraude, onde não há planejamento e, sobretudo, com gastos incontroláveis.” Professor da Unicamp, Gastão Wagner considera “impossível de ser colocado em prática”...

... Além da carreira, o capitão reformado acena com a desidratação do Mais Médicos. A proposta é que somente participem do programa profissionais que validaram seu diploma no País. 

Além disso, o pagamento seria feito diretamente pelo governo federal, dispensando o convênio com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). 

“Esse programa (Mais Médicos) é uma aberração. Foram investidos recursos em treinamento de pessoas que não vão ficar no País”, diz Lopes Ferreira. 

O programa, no entanto, tem o apoio da população e de prefeitos. “Certamente a mudança provocaria uma reação nos municípios”, observa Scheffer. 

Para o presidente da FMB, os planos apresentados por Bolsonaro para o Mais Médicos indicam a pouca intimidade do candidato com o assunto. Sobretudo quando ele acena para a possibilidade de se chamar familiares dos profissionais para morar no Brasil. 

“Não haveria condição de fazer o pagamento diretamente para profissionais. Há um acordo com outro país e com a Opas”, constata. “Além disso, a vinda de familiares somente seria possível com a anuência do governo cubano.”


O candidato do retrocesso demonstra total desconhecimento sobre a realidade do Sistema Único de Saúde brasileiro, ele jamais deve ter visitado uma pequena cidade brasileira... 

...com menos de 50 mil habitantes como Bom Jesus do Itabapoana, e ver de perto a realidade e a importância do sistema...

...caso contrário, ele jamais falaria uma besteira dessas, de que o programa não precisa de mais recursos, como se a Tabela-SUS fosse um primor para as instituições filantrópicas e as santas casas.

Outro absurdo retrocesso mencionado pelo candidato, é sugestão da retomada de um modelo de contratação no período do INAMPS (Instituto Nacional de Atendimento Médico da Previdência Social)...

...época em que não existia o sistema de atenção básica de saúde, e todo atendimento médico e ambulatorial era pago, não existia gratuidade... 

...somente com o carnê no então INPS (Instituto Nacional de Previdência Social) estando em dia com as contribuições, que o cidadão tinha direito ao atendimento...

...e é essa modalidade de atendimento que Bol$onazi quer implantar em seu governo, como se fosse pouco desidratar o programa Mais Médicos, e declarar ser desnecessário elevar o custeio SUS.


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