O “estrategista-falastrão”, de tanto propagar, acaba que sem música irá dançar

Era uma vez em uma pequena cidade do interior...em prosa e verso



...Cidadezinha onde o coletivo é tragado pelo individual sob qualquer argumento...
Onde a política é território de cobiça...
Na vida política, o território é fértil e hostil ao mesmo tempo...
Mas que não há espaço para gente-noviça...

...No vale-tudo-da-coisa-do-povo, quem chega primeiro bebe água limpa...
Quem muito fala oferece bom dia ao cavalo...
E aquele que na surdina articula, até o sete-pinta...

...O falastrão se julga bom-de-cela, mas não tem travas-na-língua...
Noviço-atrevido, que se atente, o mundo é duro e pode lhe colocar à míngua...

...Tripudiou, alardeou, fofocou e de tanto atiçar o adversário se alarmou...
Articulado-veterano, o adversário se preparou para ficar mais um ano...

...Audácia não é inconsequência, cautela e canja-de-galinha com que está em mente ou com o que mentes...
De tanto se atentar no alheio, se distrai no próprio meio que se infesta de serpentes.


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