Blog do Frederico TV: País | João Capiberibe deu o melhor desenho do que vai ocorrer com a “reforma” trabalhista
Até as pequenas empresas sofrerão os reflexos das medidas
aprovadas pelo senado, renda do trabalhador de carteira assinada tende a cair
em 30%
Em seu discurso na tribuna do senado, João Capiberibe relatou um cálculo que um amigo empresário, que tem cento e sessenta empregados, fez sobre as despesas de pessoal de sua empresa, com as novas regras de relação entre empregador e empregado, e ele chegou a conclusão que o custo de cada funcionário reduzirá em 30%, e diante da expectativa de sua concorrência adotar os novos vínculos empregatícios, ele também vai ter que se adequar para não perder mercado.
O primeiro impacto dessas novas regras laborais é que a
lucratividade das empresas aumentará em média 30%, e a garantia de que novas
vagas de emprego NÃO SERÃO GERADAS, está no fato do poder de compra do
trabalhador se reduzir em pelo menos 15%, dos 30% da despesa total reduzido na
folha de pagamento da empresa, se o poder de compra da classe trabalhadora
reduz desta maneira, é óbvio que a estagnação econômica permanecerá.
Observem que os defensores da extinção da CLT sempre têm
o mesmo discurso, de que os direitos fundamentais dos trabalhadores não foram
retirados no texto do projeto, mas somente o fato de apresentar a
regulamentação de novas modalidades de relação empresa e empregado, já faz com
que os patrões demitam os funcionários regidos pela CLT e suas garantias com a
condição de somente contratar sob as novas e draconianas regras.
Somente os trabalhadores altamente qualificados é que
terão condições de escolher em qual regime será contratado, as grandes empresas
que necessitam de funcionários com alta qualificação, terão condições de manter
o vínculo atual com um seleto grupo de funcionários, e os operários de baixa
qualificação profissional é que serão submetidos as novas regras como única
opção de vínculo.
Com este cenário, até pequenas empresas sofrerão os
impactos das novas regras, pois essas perderão e muito na qualificação de seu
pessoal, somente restará a essas empresas pequenas e micros, os trabalhadores
de baixa qualificação e sem opção de mercado a não ser aceitar as sub-condições
previstas nas novas regras trabalhistas.
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