José Luiz Rezende perde o juízo, e talvez a máscara de democrata

Segundo secretário do legislativo teceu duras críticas com graves insinuações contra o jornal O Norte Fluminense, pode ser que não, mas ele pode ter dores de cabeça com seus excessos verborrágicos

O vereador José Luiz Rezende tem todo direito de se manifestar contrariado com qualquer publicação ou reportagem de qualquer veículo de comunicação, desde que seja com fundamento e espírito democrático, e não da maneira como ele se manifestou contra o imprescindível e histórico Jornal (com “J” maiúsculo mesmo) O Norte Fluminense.



O jornal que o vereador José Luiz e o cidadão de Itaperuna que irá “salvar” o hospital bradaram na tribuna que não tem credibilidade, tem como um dos responsáveis por sua existência, veiculação e principalmente INDEPENDÊNCIA, o Dr. Gino Bastos, um indiscutível baluarte bom-jesuense com relevantes serviços prestados a comunidade, no que tange a preservação e principalmente incentivo a nossa cultura e o resgate de nossa história, um raro exemplo de cidadão desprendido de qualquer desejo material ou de vaidades.

A mediocridade intelectual que predomina o Poder Legislativo de Bom Jesus do Itabapoana, impede por exemplo que o vereador sequer tenha condições de interpretar a manchete veiculada no jornal que ele tanto protestou, que alertava que dependendo dos pronunciamentos dos dirigentes do São Vicente na câmara, esses poderiam ser alvos de ações judiciais inclusive com o bloqueio de bens.

O vereador José Luiz dentro de sua notória limitação de raciocínio, interpretou que o “O Norte Fluminense” teria insinuado que os vereadores é quem poderiam formalizar uma suposta acusação contra a direção do hospital, isso ficou nítido nas falas do vereador na tribuna legislativa, conforme vocês podem conferir no vídeo desta publicação.

O que a manchete da matéria veiculada no blog do Jornal O Norte Fluminense quis alertar, é o fato de que dependendo das declarações dos dirigentes do hospital na sessão da Câmara a qual eles participaram, poderiam gerar subsídios legais para o ingresso de um ação judicial contra o Centro Popular Pró Melhoramentos e seus responsáveis, pelo fato do que tudo que foi dito naquela sessão, está documentado e consignado em ata, com a necessária fé pública para se utilizar como prova documental em uma ação.

O jornal o Norte Fluminense ao noticiar que os dirigentes do hospital foram convocados para prestar esclarecimentos sobre a eleição fraudulenta que colocou um dirigente da Faculdade Redentor para decidir o futuro de um patrimônio histórico de Bom Jesus do Itabapoana, foi na ingênua expectativa de que algum vereador viesse a questionar este ponto que não foi só polemizado pelo jornal O Norte Fluminense, eu também sou radicalmente contra a maneira que este processo está sendo conduzido, mas infelizmente nosso Poder Legislativo se mantém omisso e irresponsável, onde um vereador defende o interesse econômico de uma instituição de ensino com fins lucrativos de fora de BJI em detrimento ao interesse maior que deveria ser dado ao H.V.S.P.

A motivação da reportagem veiculada que tanto causou repúdio no salvador-do-São-Vicente e no vereador José Luiz, está no fato da eleição do novo presidente do Centro Popular Pró Melhoramentos ter sido conduzida de maneira fraudulenta, pois o estatuto da instituição não permite que o presidente tenha vínculo contratual com o hospital, conforme o vigente com a Faculdade Redentor, a qual ele é parte do corpo administrativo (Leia aqui).



O Dr. Gino Bastos além de ser o ativista cultural que gera resultados concretos, ele também é um respeitado Promotor de Justiça no Espírito Santo, tendo pleno conhecimento do sentido que a manchete da matéria alertava, e não tenha dúvidas vereador José Luiz, que o Dr. Gino sabe muito bem o que fala, muito diferente de Vossa Excelência e a maioria de seus pares.

O vereador José Luiz Rezende teve a ousadia de afrontar a reputação do Jornal O Norte Fluminense, insinuando LEVIANAMENTE de que o responsável pelo jornal estaria atendendo a interesses espúrios, ou que pretendia galgar algum cargo, sem mencionar se é na prefeitura ou no hospital. Que condição moral o pobre-edil tem para se dirigir de maneira leviana, e covarde até, contra o histórico informativo bom-jesuense?

Digo que sua postura foi covarde que ele com o microfone da tribuna legislativa constrangeu o também exemplar cidadão bom-jesuense, André Luís Oliveira, ao cobrar dele em público e com transmissão na TV Câmara e pela internet, e com toda sua prerrogativa do foro legislativo, sobre a matéria mais do que oportuna veiculada no jornal.

Foi uma atitude covarde e rasteira do primeiro secretário ao nominar de maneira crítica e inoportuna, pois apesar de ser um incansável colaborador do jornal, o Andrezinho não é o responsável pela pauta do mesmo, o cidadão presente na sala de sessões foi atacado pelo segundo secretário sem que este tivesse a oportunidade regimental de se defender pela réplica.

Mais grave do que todo acima exposto, foi o fato do vereador José Luiz Rezende ainda propor e ter aprovado por UNANIMIDADE, uma moção de repúdio do Poder Legislativo bom-jesuense contra o Jornal O Norte Fluminense, que nos seus mais de SETENTA ANOS de inquestionáveis e relevantes serviços prestados se mostrou infinitamente MAIOR que o Poder Legislativo Municipal, onde este nas últimas legislaturas o patamar mais alto alcançado foi o da mediocridade e da omissão contra tudo que tanto o povo rejeitou nas urnas.

O segundo secretário da mesa diretora do Poder Legislativo ainda teve a arrogância típica dos autoritários e intolerantes de exigir que o jornal O Norte Fluminense, publique em matéria de capa uma retratação em favor da Câmara dos Vereadores, sendo quem na verdade deve muito mais a se desculpar e principalmente refletir é o acusador-leviano da tribuna legislativa.

Esta moção de repúdio aprovada por unanimidade contra O Norte Fluminense não atinge em absolutamente nada a grandeza da história do informativo bom-jesuense, que faz questão de sempre mencionar o seu saudoso fundador Ésio Martins Bastos que, estabeleceu esta linha editorial do jornal sempre sob o ponto de vista crítico, pelo contrário, esta moção autoritária e intolerante típica dos ignorantes somente garante a permanência do Poder Legislativo bom-jesuense no fundo do poço em que se encontra na última década.


Em tempo: A reunião promovida pela Câmara de Vereadores com a direção do hospital foi idêntica a todas as demais a qual tive a oportunidade de presenciar ou acompanhar pela internet em gestões e governos anteriores, um jogo de cena onde muito se falou, muito se bajulou e nada se esclareceu, não foi apresentado nenhum dado, ou números oficiais com a transparência necessária para recuperar o hospital, o que se viu na reunião foi um festival de enchimento de linguiça com muita seda rasgada.

Em breve será veiculada a publicação com o vídeo da reunião na câmara com todas as participações.

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