Já vivemos uma REVOLUÇÃO AMBIENTAL na gestão Evaldo Júnior/Daniele Ferreira

Somente com muita má vontade para não congratular os avanços obtidos em apenas quatro meses de gestão, que proporcionarão resultados históricos a curto, médio e longo prazo em Bom Jesus do Itabapoana

Na manhã de segunda-feira (10/04) tive a oportunidade de me reunir com o secretário de meio ambiente, agricultura e recursos hídricos, Evaldo Júnior, e com a diretora do departamento de meio ambiente e recursos hídricos, Daniele Ferreira, para conversarmos um pouco sobre o que já está consolidado para ser colocado em prática nas políticas públicas ambientais no município.

Diretora do Departamento de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
Daniele Ferreira (Dir. em pé) na entrega do relatório ICMS Verde 2016

Na ocasião, conversamos sobre diversos tópicos e ações que estão em andamento, a qual abordarei os principais pontos pautados na entrevista:

ICMS Verde

A fotografia que ilustra o topo desta matéria, registra o momento em que a diretora Daniele Ferreira entrega a coordenadoria do INEA a documentação do processo de prestação de contas relacionadas as ações do ICMS Verde referente ao exercício de 2016, ações executadas pelo governo anterior.

Para se ter uma ideia da desorganização, da desqualificação e da total ausência de interesse ambiental do governo passado, a arrecadação de ICMS Verde mais do que dobrou com o relatório preparado pela atual equipe, que inseriu dois itens de avaliação já existentes no município e que não eram informados ao INEA para incrementar a receita do ICMS Verde, sendo eles a coleta de óleo de soja de alguns estabelecimentos comerciais, que é feita pela fundação do padre Geraldo de Itaperuna desde 2015, e o parque ecológico de Rosal, que está cedido ao município com toda documentação necessária desde 2014 sem que jamais tenha sido relatado ao INEA.

Até 2016 a arrecadação com ICMS Verde em Bom Jesus do Itabapoana não alcançava R$ 200 mil/ano, e somente com a inserção da coleta de óleo de soja feita pela fundação do padre Geraldo e do parque Ecológico de Rosal os valores que serão repassados em 2017 ultrapassarão a casa dos R$ 400 MIL Reais, mais do que o dobro somente com a atual organização efetivada na pasta.

Legislação Ambiental sobre destinação de óleo de soja

Dentre os projetos aprovados no Poder legislativo entre fevereiro e março de 2017, foi criada a “Lei do Óleo”, que passará a ser OBRIGATÓRIO a todos os estabelecimentos comerciais do município a armazenarem o óleo de soja usado para ser coletado pela mesma fundação do padre Geraldo, tal medida será item obrigatório a ser cumprido na sessão do Alvará de funcionamento dos estabelecimentos, ficando sob responsabilidade da secretaria de meio ambiente a disponibilização dos recipientes para armazenagem do óleo que será coletado.

A legislação sobre destinação de óleo de soja não abrange as residências, porém essas serão submetidas a um intenso trabalho de conscientização nas escolas, que passarão a funcionar também como postos de coleta, para estimular os alunos a convencerem os pais a armazenarem o óleo usado das casas, para serem levados pelos alunos para as escolas, inclusive com a previsão de se criar atividades de grupo que incentive as crianças a coletarem a maior quantidade de óleo possível, como gincanas didáticas por exemplo.

Implantação de sistema de coleta de pilhas e baterias

Paralelo ao sistema de coleta de óleo de soja que será implantado em forma de lei já aprovado, o departamento de meio ambiente também iniciará um levantamento dos estabelecimentos que comercializam pilhas e baterias, para que esses também funcionem como postos de coleta, com as urnas específicas, com previsão de implantar o sistema no centro da cidade em 2018.

Criação de unidades de conservação ambiental

Além do Parque Ecológico de Rosal, Bom Jesus do Itabapoana passará a contar com mais duas unidades de conservação, a primeira na reserva ecológica Jorge Assis de Oliveira, conhecida como a “floresta dos macacos” localizada em Mutum, esta já está com seu planejamento mais avançado para ser instituída oficialmente em breve.

A segunda unidade de conservação que será criada é o parque ecológico interestadual da Cachoeira da Fumaça em Calheiros, esta terá seu processo com tramitação mais complexo devido a ausência de maiores e mais amplas informações geográficas e biológicas da fauna e da flora, além da abrangência da unidade a ser criada.

Além das três unidades de conservação, a de Rosal já existente e as duas que serão criadas, o plano de conservação florestal ainda abrange as Áreas de Proteção Ambiental situadas na parte urbana do município, sendo que já existem três, a APA Jatobá no bairro Jardim Valéria que é a única realmente florestada, que inclusive foi alvo de um mutirão da secretaria de meio ambiente com a previsão de se construir uma pista de caminhada dentre outros itens estruturais para visitação.

Além da APA de Jatobá no Jardim Valéria, temos outras duas APA’s, mas somente no papel e com os terrenos completamente sem arborização, que se localizam no bairro Parque das Águas, e no centro, entre a Alameda Genaro Rodrigues e a escadaria do Monte Calvário na rua Aristides Figueiredo, essas duas serão reflorestadas como parte do plano de arborização urbana que será colocado em prática.

Evaldo Gonçalves Júnior - Secretário de Meio Ambiente, Agricultura e Recursos Hídricos

Plano de Arborização Urbana

Bom Jesus do Itabapoana será submetido a um audacioso plano de recuperação ambiental urbano, já são DUAS MIL E QUATROCENTAS MUDAS disponibilizadas para plantio, nas ruas da cidade e nas Áreas de Preservação Ambiental urbanas previsto para o início do segundo semestre deste ano.

O plano será executado em conjunto com as secretarias de Meio Ambiente coordenando a parte técnica para selecionar as espécies que serão plantadas nas ruas e nas das APA’s, e com a parte de planejamento de reflorestamento urbano sendo totalmente coordenado por Raul Travassos, pela secretaria de Cultura, turismo e URBANISMO.

Rotary Club doou 1.500 mudas

Esta doação será priorizada no plantio de árvores nas ruas da cidade, com o maior desafio imediato do Plano de Arborização Urbana de BJI se encontrando na viabilização de recursos financeiros, para custear as estruturas de proteção das mudas que serão plantadas, se fazendo necessário a manilha e a grade protetora, que gira em torno de R$ 100,00 cada estrutura com os dois itens.

Segundo informado por Daniela Ferreira, a ideia inicial seria buscar na iniciativa privada parcerias publicitárias, onde o empresário compraria lotes de protetores de mudas com as placas anunciando as empresas patrocinadora, deixando eu aqui a sugestão que se crie mecanismos fiscais que incentivem as residências a custearem a estrutura, com o valor investido sendo descontado na cobrança de IPTU no ano seguinte.

Bejota Folia na vanguarda da sustentabilidade

A diretora do departamento de meio ambiente e recursos hídricos, teve a sagacidade de procurar os produtores do grande evento deste fim de semana com feriadão, e apresentou o cálculo do impacto ambiental que a aglomeração de pessoas causará no evento, propondo a contrapartida na doação de NOVECENTAS MUDAS como ressarcimento ambiental do impacto.

Os organizadores do evento concordaram de imediato, e se comprometeram oficialmente e documentado a doação das 900 mudas para serem plantadas nas Áreas de Proteção Ambiental na parte urbana do município.


Não são poucos e irrelevantes os avanços já consolidados e que estão sendo colocados em prática, e temo muito mais por vir, como salientou o secretário Evaldo Júnior, em breve teremos novidades sobre coleta seletiva do lixo com outros projetos que serão implantados na segunda fase de estruturação do setor ambiental do município.

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