“As vísceras do Hospital São Vicente de Paulo” | Conselho deliberativo do Centro Popular e prefeitura na asfixia do nosocômio

Fragmentos das memórias de um ex-presidente do hospital servem de constatação cabal, e indiscutível, sobre quem de fato afundou com o São Vicente, são fatos históricos que merecem reflexão

Muita gente brada que o hospital “chegou nesta situação por conta de desvios cometidos por ex-presidentes”, promovendo um inaceitável linchamento moral estabelecido contra alguns personagens dignos e honrados de nossa sociedade, que estão rotulados até hoje como os responsáveis pela derrocada do São Vicente, sendo que os verdadeiros responsáveis por tudo permanecem totalmente impunes e bajulados nesta mesma sociedade.

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Tanto a ex-prefeita na campanha eleitoral de 2012, como o vereador José Luiz Rezende no dia 03 de abril de 2017, afirmaram que o hospital chegou a esta situação por ele ter sido “roubado” no passado, como se tivéssemos saltando aos olhos da sociedade esses personagens com sinais externos de enriquecimento ilícito durante o período que presidiram o hospital.

O objetivo em apresentar o conteúdo das memórias de um ex-presidente do hospital é para que todos saibam a verdade dos fatos históricos, para assim não cometer os mesmos erros do passado, seja no presente ou no futuro.

Os desdobramentos recentes nos bastidores do Centro Popular Pró Melhoramentos dão o tom que quase nada mudou para extirpar a crise em definitivo, salvo o fato recente com a posse de André Luís Oliveira na presidência da entidade mantenedora, e de termos atualmente um governo municipal disposto a trabalhar pela efetiva recuperação do hospital.

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Os dois fragmentos das memórias de um ex-presidente do hospital que ilustram este artigo, comprovam que a prefeitura sempre asfixiou o hospital financeiramente no convênio com o PU, e que o conselho deliberativo do Centro Popular Pró Melhoramentos sempre se omitiu com esta asfixia, senão foi conivente, com os absurdos proporcionados pelo município contra o São Vicente.

Só para se ter uma ideia, em 2010 a dívida do Hospital São Vicente de Paulo era de R$ 17 MILHÕES, e somente o rombo proporcionado pelo convênio do PU nas finanças do hospital era de DOZE MILHÕES, quase SETENTA POR CENTO do total da dívida, sem contar que além dos valores praticados entre 2009 e 2014 serem irrisórios, a prefeitura ainda atrasava constantemente para repassar pelos serviços prestados.

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Além da nefasta asfixia financeira proporcionada pela prefeitura na era Branca Motta, que arruinou com as finanças do hospital, o município no mesmo período não conseguiu instituir um sistema de atenção básica minimamente decente, tanto que mais da metade dos atendimentos no PU são problemas que deveriam ser clinicados nos PSF’,s, gerando uma dupla responsabilidade do município contra o São Vicente.

Planilha de custos do PU em 2010, nesta época a prefeitura repassava MENOS DE R$ 70.000,00/mês

Os fragmentos das memórias de um ex-presidente do hospital que ilustram esta publicação, constituem em relatos com transcrições de ofícios enviados pelo autor das memórias que tenho arquivadas, dois ofícios endereçados ao Poder Executivo, e o outro para o presidente do conselho deliberativo do Centro Popular, versando sobre o rombo do convênio do PU, sendo ambos infrutíferos.

Ainda há muito o que revelar acerca do rascunho que tenho deste precioso documento, intitulado como “As Vísceras do Hospital São Vicente de Paulo”, que mostrarão a todos que existe um terceiro fator que fulminou com o nosocômio, aliado a asfixia da prefeitura sob a omissão e conivência dos conselhos, deliberativo e fiscal, do Centro Popular Pró Melhoramentos.

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Por não acreditar nas pessoas que até bem pouco tempo controlavam de maneira absoluta e obscura os conselhos do Centro Popular Pró Melhoramentos, eu sempre defendi, e permaneço defendendo a tese de que para resgatar em definitivo nosso mais que viável hospital, deveríamos retira-lo do Centro Popular.


Com o novo presidente do Centro Popular pró Melhoramentos, passamos a considerar a possibilidade de se promover uma profunda reforma em seu estatuto, para descentralizar o poder de decisão hoje restrito aos conselhos fiscal e deliberativo, e inserindo o Conselho Municipal de Saúde, Associação Comercial e Empresarial, OAB-BJI, Lions, Rotary, Maçonaria e toda composição de nossa sociedade organizada, objetivando garantir a recuperação e preservação de nosso maior patrimônio público, que foi integralmente construído pelo povo bom-jesuense.

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