Barbárie capixaba | A intocável vedete do Palácio Anchieta

Porque ninguém questiona o governador Paulo Hartung? Ele que em seu terceiro mandato se tornou em uma vedete dos analistas de economia da grande mídia regional e nacional, e um desastre no que tange políticas públicas sociais e de segurança

Assim que assumiu o mandato em janeiro de 2015 ele pôs em prática seu pacote de medidas austeras, que podemos até rotular da “Pec da Morte-capixaba”, ele, Paulo Hartung, foi ovacionado pela grande mídia, que se alimenta fartamente das verbas governamentais de publicidade do governo Hartung, por “antecipar a crise” e combate-la com suas “medidas austeras”.

Dentre as medidas de austeridade adotadas, foi cortada em 40% a cota de combustíveis das viaturas da Polícia Militar e em 50% nas viaturas da Polícia Civil, sem dúvidas que a rotina de patrulhamento foi drasticamente reduzida, sem contar que esses policiais já se encontram em 2017 com sete anos sem reposição dos vencimentos e quatro anos sem reajuste salarial.

A Pec da Morte-capixaba além de reduzir a cota de combustíveis das viaturas policiais, ainda tivemos a suspensão dos plantões de 24 horas em diversas delegacias do estado deixando a sociedade ainda mais vulnerável, como em Bom Jesus do Norte, Apiacá e São José do Calçado, em que se a PM realizar um flagrante criminal após as 18 horas a guarnição terá que se dirigir até Cachoeiro do Itapemirim para registrar a ocorrência, gastando mais combustível e desguarnecendo a cidade por horas.

Em 2015 o governo HarTunga torrou quase 20 MILHÕES em publicidade, o que já parecia absurdo passou ao escárnio em 2016 com a verba publicitária saltando para escorchantes 70 MILHÕES, e o resultado está estampado nas manchetes dos jornais tendenciosos em criminalizar os policiais.

Mesmo com o governo HarTunga comprometendo as condições de trabalho dos policiais e desprezando a inaceitável desvalorização salarial dos mesmos e demais servidores estaduais, os agentes das forças policiais do estado reduziram substancialmente os índices de criminalidade, e o governador em vez de beneficiar a classe, ele aumentou as verbas publicitárias para se promover politicamente na grande mídia com o resultado obtido.

Além do governo HarTunga torrar mais de 70 MILHÕES em verbas publicitárias somente em 2016, o mesmo ainda concedeu renúncia fiscal na ordem de mais de 4 BILHÕES de reais a grandes empresas para os quatro anos de mandato, que dentre muitas delas se encontram financiadores de campanha do governador em eleições passadas.

O governador HarTunga ainda investiu pesado em uma agência publicitária para dar projeção nacional ao seu nome, junto com os “investimentos” na mídia capixaba e a renúncia fiscal de grandes empresas, demonstrando que sua austeridade atua por mera conveniência de interesse do governador, e para os profissionais da segurança pública e demais servidores estaduais nenhum centavo de reconhecimento dos resultados, a sociedade em sua grande parte ainda poupa este governador e criminaliza o movimento de greve que tem participação preponderante das esposas dos policiais, que estão sendo confrontadas pela própria sociedade.

A greve dos policiais militares constrange do governo Hartung ao exibir em rede nacional e nas redes sociais, a total falência social do Espírito Santo com centenas de pessoas que não são criminosas de "ofício" participando dos saques em estabelecimentos comerciais, explicitando o rompimento de uma frágil barreira social que a mídia tentou sustentar, as desigualdades no estado são gritantes e em escala até maior que nos demais estados do Sudeste, e tudo isso sendo devidamente camuflado pelo sistema que venera o governador.

Porque ninguém contesta Paulo HarTunga? E se Paulo HarTunga fosse DuPêTê?