H.S.V.P. | Depois de um ano, terceirização da UTI deve ser refletida, e principalmente REVISTA

No mesmo mês que se completa um ano do contrato de terceirização da UTI, direção do hospital teve que promover diversas demissões para garantir o funcionamento a população, um sério indicador que esta “parceria” com a UTI não foi interessante para o São Vicente, e muito menos para a população que depende do SUS


Segundo informações obtidas de fonte segura, a cúpula do Centro Popular Pró Melhoramentos teria uma reunião agendada com a direção da empresa itaperunense que opera na UTI para os próximos dias, talvez no final desta semana, para iniciar as negociações para um novo contrato de terceirização do referido setor.

Sobre este contrato vigente entre hospital e a empresa de Itaperuna que opera a UTI, temos perguntas básicas sobre os resultados obtidos pelo hospital nesses doze meses, e que não se tem a menor perspectiva de obtermos respostas.

Qual foi o lucro direto obtido pelo hospital nesses doze meses de contrato? Qual valor agregado proporcionado pela terceirização da UTI ao São Vicente? A população que depende do SUS está sendo atendida de maneira minimamente aceitável?

Certa vez, salvo engano no final de 2016, me foi relatado que uma paciente idosa necessitava de se internar com urgência na UTI do hospital, na ocasião havia um ou dois leitos desocupados, mas que a internação estava sendo negada pelo fato da idosa ser paciente com atendimento pelo SUS, e que os dois leitos vagos estavam a espera de confirmação de internação de pacientes com plano de saúde, demonstrando que a terceirização prioriza o lucro e não o atendimento igualitário.

A paciente idosa somente foi atendida devido a pessoa que me relatou o fato ter participado de toda operação, que teve início no PU e se consumou com a internação diante da pressão exercida por este amigo, que foi até a direção do hospital para resolver o impasse.

Importante sempre ressaltar que o Centro Popular Pró Melhoramentos jamais pode gerir esta UTI do hospital como se esta fosse um bem privado, adquirido com recursos próprios do CPPM, não se trata disso, toda a estrutura tecnológica e os próprios leitos modernos, foram adquiridos com RECURSOS PÚBLICOS, financiados pelo governo do Estado através da FAPERJ.


A UTI do Hospital São Vicente de Paulo por ser um PATRIMÔNIO PÚBLICO, a mesma deve sempre priorizar seu atendimento a toda população de maneira proporcional e igualitária, se a maioria dos contribuintes são usuários do SUS, a maioria das vagas devem ser destinadas ao atendimento SUS, e não o contrário, se um dos objetivos do financiamento PÚBLICO da UTI consiste na recuperação financeira do hospital, que os contratos de terceirizações priorizem a rentabilidade do hospital e não o contrário.

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