O interior que se dane

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Para amenizar o impacto do noticiário policial que alimentou a agenda negativa do governo Cabral nos últimos dias, o governo faz seu contra ataque midiático anunciando a aquisição de oito novos caveirões. Do que adianta adquirir caveirões super modernos se a remuneração paga aos policias da PMERJ se encontra nos piores patamares do país? Também já deveria ser desencadeado um amplo debate sobre os reflexos das políticas de segurança pública na capital trará para o interior. Com o avanço das UPP's nas comunidades da capital fluminense, iniciou-se o processo de migração dos criminosos que conseguem escapar das ocupações se instalando em outras comunidades de outras cidades. No inicio Niterói sofreu com esses reflexos com a escalada de violência abrangendo toda a região, bastando ver a que ponto chegou a violência em São Gonçalo. Atualmente já se considera como área de conflito entre polícia e traficantes muitas comunidades do município de Macaé, me lembro de em 2011 ter acompanhado o noticiário sobre operações do BOPE nesta cidade, nesse inicio de ano em uma mesma noite tivemos aqui em Bom Jesus do Itabapoana duas tentativas de assalto à agências bancárias, com requintes de ousadia em um deles inclusive. 
Para que a sociedade bom-jesuense tenha melhor conhecimento da situação, em nosso município temos as comunidades de Santa Isabel, Nova Bom Jesus, Mutum (de baixo e de cima), Usina Santa Maria e Serrinha que não conta com policiamento próprio. Todas essas localidades ficam por conta do destacamento de Carabuçú que conta com apenas uma ou duas viaturas e com menos de dez policiais por guarnição. Considerem ainda o fato de toda essa região ser fronteiriça com municípios do sul capixaba e de Campos dos Goytacazes, com o alarmante agravante do abandono social estabelecido nas comunidades de Nova Bom Jesus e Santa Isabel. Temos que cobrar dos candidatos à ALERJ que se discuta e encontre soluções para essa nova situação em que vivemos.

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