É exatamente o que acontece em BJI – Parte 2


Nessa semana que passou eu fiz uma publicação no blog em que o texto era um artigo do grande Nelson Motta sobre os esquemas de corrupção em contratos entre prefeituras e empresas terceirizadas para coleta de lixo. E lendo o texto com atenção em seus parágrafos podemos atestar que Bom Jesus do Itabapoana está inserido nessa “moda de governos corruptos que temos Brasil afora. Abaixo vou destacar alguns parágrafos dessa crônica do Nelson Motta fazendo um parâmetro com o nefasto contrato com a Top Mak.
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"Por que cargas d'água uma grande empreiteira, com obras milionárias em todo o Brasil, especializada em construção civil e sem nenhum know how ou experiência no ramo, vai se interessar em recolher o lixo de uma cidade? Por que tanta voracidade para abocanhar um trabalho tão sujo? Claro, feito pelos lixeiros e varredores que eles alugam para as prefeituras e limpam a sujeira alheia. Ganhar o contrato é o trabalho deles, sujo também, mas os lixos são diferentes: um é físico, o outro moral."



O questionamento sobre a atividade dessas empreiteiras que participam desses esquemas vem de encontro justamente no atestado de capacidade técnica fraudulento apresentado pela Top Mak à comissão permanente de licitação de BJI e que foi prontamente aceito, e mesmo depois da câmara ter aprovado o requerimento do Batista Magalhães para investigar esse documento falsificado, a prefeita além de não romper com o contrato e declarar a Top Mak como inidônia, ela renovou o contrato com a empresa por mais seis meses mantendo essa parceria criminosa até os dias de hoje.

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"Nos contratos da Delta para limpar Brasília e Anápolis, nas sujeiras da coleta de lixo em Santo André que podem ter levado ao assassinato do prefeito Celso Daniel, nos rolos da Leão & Leão com a Prefeitura de Ribeirão Preto na administração de Palocci, o metafórico se mistura ao explícito e se espalha, pestilento e insalubre, pelas prefeituras do Brasil. Paradoxal e ironicamente, há cada vez mais sujeira na limpeza pública, com o lixo urbano pagando o luxo mundano de empresários, políticos e funcionários. Mas só Freud pode explicar por que, com tantas formas mais fáceis de roubar dinheiro público, como obras, aditivos e convênios, a opção preferencial deles, a atração fatal, é logo pelo lixo."



Os contornos “quadrilhescos” que esse contrato com a Angemar em 2010 e 2011 e a Top Mak em 2012 e 2013 se revelam no comportamento do vereador Luciano Nunes, que durante décadas foi vereador e titular do escritório Nunes Contabilidade, pois nesse tempo a própria prefeitura é que realizava a coleta de lixo. Em tempo de terceirizações corruptas em BJI, o Dr. Luciano para entrar na farra do erário público teve que sair da sociedade do escritório Nunes Contabilidade para justamente abocanhar a contabilidade dessas empresas de coleta de lixo que assaltam nossos cofres junto com o governo desde 2010, sua participação nesse esquema sujo de nossa prefeitura está no papel que tem em "blindar" o poder executivo de futuras denuncias ou investigações que vierem a ocorrer.

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